quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Teatro "Eu sou o outro"


CINETEATRO |CASA MUNICIPAL DA CULTURA
Abílio Rocha, empregado de balcão de um conhecido café em Lisboa, próximo de Pessoa, conduz-nos num périplo pelos mundos de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, cruzando a obra de Pessoa ortónimo e heterónimos com a sua própria vida. Uma vida plena dos sonhos e ilusões próprios de quem tem as suas raízes num Portugal profundo e conviveu, de perto, com um dos poetas mais consagrados da nossa língua. Uma vida que ecoa nas cordas do seu bandolim, fazendo vibrar o próprio eixo da nossa herança, da nossa identidade.
Encenador: Abílio Rocha, Companhia Teatro em Caixa;
Direção: Pedro Lamas; Interpretação, marionetas e cenografia: Diogo Bastos; Assistente de cenografia e eletrónica: Ruca Batista; Voz off: Pedro Lamas; Música: Diogo Bastos e Filipe Azevedo; Operador de luz e som: Vítor Gomes; Fotografia: Maria Côrte-Real; Captação e edição vídeo: Alex Barone; Figurinos e produção: Sara Vitália;
Público-alvo - alunos do 10º ano; Classificação: M/12 anos; Duração: 50m

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Bibliotecas das Beiras e Serra da Estrela ligadas em rede e com oferta partilhada


Fundão, Castelo Branco, 19 jan (Lusa) - As bibliotecas dos 15 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) vão passar a estar ligadas em rede e disponibilizarão os respetivos acervos de forma partilhada, foi hoje anunciado no Fundão.
A iniciativa é da CIM-BSE e avançará em parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI), com o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
"É um projeto baseado numa plataforma já existente e que servirá de chapéu para que todos os acervos que hoje estão individualizados em cada biblioteca possam estar disponíveis em conjunto, ou seja, qualquer pessoa que venha, por exemplo, à Biblioteca do Fundão, quando acede a essa plataforma terá acesso a todos os livros que estão disponíveis em cada uma das bibliotecas, podendo-os requisitar", explicou o presidente da CIM-BSE, Paulo Fernandes.
Paulo Fernandes, que também é presidente da Câmara do Fundão, falava na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação, que foi hoje realizada naquela cidade do distrito de Castelo Branco com a presença dos autarcas ou representantes dos 15 municípios abrangidos.
Segundo adiantou, este projeto poderá abarcar mais de 30 mil utilizadores, que passam a ter a acesso a cerca de 600 a 700 mil documentos, o que se constitui como "uma clara mais-valia" para a promoção do conhecimento e investigação.
Paulo Fernandes vincou ainda que a iniciativa assenta numa lógica de otimização de recursos e que permitirá uma poupança no que concerne à utilização do sistema informático, que parte de um 'software' livre criado pelos serviços da UBI.
Por outro lado, o autarca destacou a representatividade deste projeto para aquilo que é o modelo de união que a CMI-BSE defende para este território.
"Mais do que anunciarmos que vamos cooperar, é muito importante termos projetos concretos que materializem essa colaboração e acho que este é um dos primeiros projetos que materializa o que é a geografia comum das Beiras e Serra da Estrela", afirmou.
O projeto implicará um investimento total de 80 mil euros (a realizar em duas fases) e o trabalho de implementação já está a ser desenvolvido, prevendo-se que dentro de seis meses os acervos alargados já estejam ao dispor dos utilizadores.
Além das bibliotecas municipais, esta rede também integrará as bibliotecas da UBI e do IPG, bem como algumas bibliotecas escolares.
A CIM-BSE é constituída por 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).

CYC // SSS

 | País
Porto Canal com Lusa

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O bem que faz ler um livro, em 7 razões comprovadas pela ciência

De fomentar a inteligência a prolongar a esperança média de vida, a leitura só traz benefícios

O primeiro livro impresso data do séc. XV, mas antes de Cristo já o Homem começara a escrever em folhas de papiro, no Egito. Desde então quase todo o conhecimento ficou gravado em páginas de livros e, nas últimas décadas, as obras publicadas cresceram ainda mais em número, assim como foram surgindo investigações sobre os benefícios da leitura.
Na semana em que a VISÃO vai começar a oferecer um livro por mês com a sua edição imprensa, no âmbito da iniciativa Ler Faz Bem, deixamos-lhe sete benefícios de ler um livro, segundo a ciência.

ALARGA O VOCABULÁRIO

Nenhuma atividade expõe uma pessoa a maior e mais diversificada quantidade de palavras. Mais do que assistir a programas televisivos de conversas, vulgo talk shows, ou infantis, como a "Rua Sésamo", e mais do que uma conversa de amigos, mesmo que sejam todos licenciados, é a leitura que aporta um vocabulário mais alargado, indica um estudo da Universidade da Califórnia.

DESPERTA A INTELIGÊNCIA

A ciência já mostrou que a genética e a educação são fatores que influenciam a inteligência, sendo que ler é uma das principais fontes de conhecimento. Um estudo de 2014 com crianças, realizado por investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e da King's College of London, em Inglaterra, concluiu que a evolução das capacidades de leitura "pode resultar em melhorias nas habilidades cognitivas verbais e não verbais", que "são de vital importância ao longo da vida". E quanto mais cedo se começar, melhor.

PREVINE DOENÇAS

Correr e ir ao ginásio são atividades físicas na moda porque o exercício fortalece o corpo e promove o bem-estar. Mas, por mais variado que seja o treino, nem todos os músculos são trabalhados. Para garantir que nenhum fica para trás, ler um livro é um bom remédio: inúmeros estudos indicam que a leitura estimula os músculos do cérebro e torna-os mais fortes, podendo atuar como fator preventivo em doenças degenerativas como o Alzheimer. Está também provado que pessoas com profissões intelectualmente mais exigentes têm menor propensão para desenvolver patologias ligadas à deterioração do cérebro.

REDUZ O STRESSE

Nem caminhar, nem ouvir música, nem beber um chá. Nada resultou melhor do que ler um livro para acalmar um coração acelerado, segundo uma pesquisa liderada pelo neuropsicólogo britânico David Lewis, da Universidade de Sussex. Bastaram seis minutos de leitura para os níveis de stresse das pessoas que aceitaram participar diminuírem até 68%, contra um máximo de 61% quando tentaram acalmar através da música. Um chá (54%) ou uma caminhada (42%), outras alternativas avaliadas, mostraram-se menos eficazes.

PROMOVE A EMPATIA

Ainda que um livro seja encarado como uma companhia, ler é em si mesmo um ato solitário. Mas entre os seus benefícios encontra-se também a tendência para causar melhor impressão nos outros. Um estudo de dois investigadores holandeses mostrou que a leitura de narrativas ficcionadas influencia características própria da condição humana como a capacidade de criar empatia. E esse é um trunfo importante em qualquer relação, seja pessoal ou profissional.

COMBATE O ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO

Há uma relação direta entre a atividade cognitiva realizada ao longo dos anos e a perda das capacidades cognitivas associadas ao envelhecimento natural, como a memória, o raciocínio ou a perceção. Quanto maior atenção se dedicar à primeira, por exemplo através da leitura de livros, mais lenta se torna a segunda, concluiu um estudo de 2013 publicado no jornal científico Neurology, da Academia Americana de Neurologia.

AUMENTA A ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA

Mais dois anos. Em rigor, 23 meses. Como a VISÃO deu conta em agosto, um estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, revelou que, em média, é esse o tempo que vivem a mais as pessoas que leem um livro 30 minutos por dia, quando comparadas com as que não o fazem. Os investigadores chegaram a esta conclusão ao fim de 12 anos de estudo, publicado no jornal Social Science and Medicine.

In http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-01-09-O-bem-que-faz-ler-um-livro-em7razoes-comprovadas-pela-ciencia