Este conto esconde outra grande
história. A história de Quentin Bell e do seu irmão, os sobrinhos de Virgínia
Woolf e do jornal que faziam todos os dias para a família, quando Quentin tinha
doze ou treze anos. Um jornal que incluía ilustrações, reportagens, entrevistas
e uma enorme quantidade de artigos, quase como um verdadeiro jornal. Anos mais
tarde, Quentin descreveria as visitas da sua tia Virgínia como «uma cálida
brisa vinda de sudoeste, que nos enchia de uma espécie de espantosa energia».
Naturalmente, como era escritora, as crianças pediram-lhe uma colaboração para
o seu jornal. O resultado foi A Viúva e o
Papagaio, um conto infantil sobre o amor aos animais, que a sua tia fez
especialmente para esta ocasião. As crianças atiraram-se a esta história de
enredo surpreendente. Muito tempo mais tarde, Quentin editou o livro com
ilustrações do seu filho Julian. Hoje, o conto é um clássico e a tia de
Quentin, aquela mulher que entrava em sua casa como uma cálida brisa de
sudoeste, é considerada uma das maiores escritoras de todos os tempos, e a sua
obra continua a ser lida e admirada em todo o mundo.
Escritora
inglesa nascida a 25 de janeiro de 1882, no seio de uma família da alta
sociedade londrina,
e falecida a 28 de março de 1941. O pai, Sir Leslie Stephen, era crítico literário. Virgínia Stephen, nome de solteira, passou a infância numa mansão londrina com os três irmãos e tratada por sete criados, convivendo com personalidades como Henry James e Thomas Hardy. Virgínia tinha 13 anos quando a mãe morreu e 22 quando chegou a vez do pai falecer. Os quatro irmãos foram então viver para Bloomsbury, um bairro londrino da classe média-alta. A irmã mais velha, Vanessa, de 25 anos, tomou conta dos restantes três.
e falecida a 28 de março de 1941. O pai, Sir Leslie Stephen, era crítico literário. Virgínia Stephen, nome de solteira, passou a infância numa mansão londrina com os três irmãos e tratada por sete criados, convivendo com personalidades como Henry James e Thomas Hardy. Virgínia tinha 13 anos quando a mãe morreu e 22 quando chegou a vez do pai falecer. Os quatro irmãos foram então viver para Bloomsbury, um bairro londrino da classe média-alta. A irmã mais velha, Vanessa, de 25 anos, tomou conta dos restantes três.
Em
sua casa foi formado o Grupo de Bloomsbury, onde se reuniam regularmente
personalidades como os poetas T. S. Elliot e Clive Bell, o escritor E.M.
Forster entre outros artistas e intelectuais. Os quatro irmãos, entretanto,
viajaram pela Grécia e Turquia, mas pouco depois do regresso morreu Tholby, em
novembro de 1906. Virgínia sofreu a primeira de muitas grandes depressões.
Casou em 1912 com o crítico literário Leonard Woolf, que viria a ser o seu
companheiro de toda a vida.
The Voyage Out, de 1915, marca o início da sua
carreira de romancista, mas só dez anos depois, com Mrs Dalloway, considerado o seu primeiro grande romance modernista,
chegou o reconhecimento como escritora reputada. Orlando, obra de 1928, confirmou as qualidades de Virgínia Woolf.
Esta obra tem um protagonista andrógino, inspirado na sua amiga Vita
Sackville-West, com quem manteve uma longa relação íntima. Após obras como A Room of One's Own (Um Quarto Que Seja Seu), onde defende a
independência das mulheres, The Waves
(As Ondas) e The Years (Os Anos), em
1938 lançou um romance polémico, Three
Guineas (Os Três Guinéus), na
sequência da morte de um sobrinho na Guerra Civil espanhola. Neste livro, Virgínia
Woolf defende que a guerra é a expressão do instinto sexual masculino. A 28 de
março de 1941, pouco depois de ter lançado Between
the Acts, Virginia Woolf suicidou-se, atirando-se a um rio com os bolsos
cheios de pedras. Foi a segunda tentativa em poucos dias, interrompendo assim
uma carreira marcada pela obtenção de diversos prémios literários, dos quais,
contudo, só aceitou um, o Fémina, de França.
Paralelamente à atividade de escritora, Virgínia,
em conjunto com o marido, fundou e manteve uma editora, destinada a publicar
textos experimentais, textos de amigos e traduções de russo. Intitulada Hobart
Press, a editora funcionava em moldes caseiros, depois de em 1917 Leonard ter
oferecido à esposa uma pequena tipografia.
In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2011.
Publicado
em 1940, Bichos é o primeiro livro de
contos de Miguel Torga, um dos mais originais da literatura portuguesa no
género, de tal modo que se afirmou como o maior êxito literário do autor e como
um dos clássicos da nossa literatura.
Esta
obra é um testemunho singular da união natural entre homens e bichos - animais
com um sentir humano que se igualam ao homem na mesma luta pela sobrevivência,
e seres humanos que se transfiguram em animais. Ao mesmo tempo, é um retrato
fiel do rude viver transmontano e da fusão entre homem e terra.
O cão
Nero, o galo Tenório, o Morgado, o Ladino, o Ramiro e a Madalena reportam-nos a
uma vida em total comunhão com a natureza, com todas as alegrias e agruras que
isso implica.
Pseudónimo
de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e variada,
largamente reconhecida. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. Depois de uma
experiência de emigração no Brasil durante a adolescência, cursou Medicina em
Coimbra, onde passou a viver e onde veio a falecer em 1995. Foi poeta
presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas bucólicos, a angústia
da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e
deixou transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra.
Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos
dezasseis volumes do seu Diário; na
obra de ficção distinguimos A Criação do
Mundo, Bichos, Novos Contos da Montanha, entre outros.
O Diário ocupa um lugar de grande
relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou três obras
intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu o Prémio Camões
em 1989 e o prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de
Escritores) em 1992.
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